Sobre a concepção histórica de Infância podemos destacar que na sociedade medieval ainda não era reconhecida. No início da era moderna a criança passou a ser reconhecida como um adulto em miniatura, mas ainda não tinha a idéia que temos atualmente. Apenas no século XVII começa a surgir a noção da inocência infantil. Segundo POSTMAN (1999, p.51) “Depois dos séculos dezesseis e dezessete reconheceu-se que a infância existia, que era uma característica da ordem natural das coisas.” Só a partir de então que existiu a preocupação com as necessidades das crianças e a ideia de proteção.
Imagem: Princípe Luis, futuro Rei da Espanha - 1710
Sobre a concepção de educação infantil, a criança era concebida apenas aos cuidados físicos. Como diz AZEVEDO e SILVA (1999, p.38) “Uma evolução dessa forma de atendimento, já com objetivo educativo, ocorre no século XIX com a criação dos “jardins de infância’, que surgem com base em uma ideia romântica e ingênua da criança.” A qual pregava a moralidade, para ser um adulto ideal.
Diferente das concepções históricas citadas, atualmente temos outra concepção, com objetivos diferentes, assumimos compromissos diferentes com a infância e a educação infantil. Segundo AZEVEDO e SILVA (1999, p.38):
“Pensamos que na educação infantil a criança precisa ser desafiada, estimulada a racionar e desenvolver seu pensamento sobre si próprias e sobre o mundo que as cerca. A criança que hoje vai às nossas escolas precisa aprender a questionar, ter liberdade de expressar-se, sem receio de ser reprimida, de construir conhecimentos, ter oportunidades de construir uma auto-estima positiva, de ser cidadã.”
Sendo assim, o preocupação que um pedagogo deve ter ao trabalhar com a educação infantil deve ser valorizar as experiências vivenciadas pelas crianças, a fim de promover seu desenvolvimento e ampliar os seus conhecimentos.
Referência bibliográficas:
AZEVEDO, Heloisa Helena; SILVA, Lúcia Isabel da C. A concepção de Infância e o significado da Educação Infantil. In: Espaços da escola. Ijuí: Editora UNIJUI, ano 9, nº 34, out/dez 1999, p. 33-40.
POSTMAN, Neil. O desaparecimento da infância. Rio de Janeiro: Grafia, 1999.
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